No coração do jardim, sob o calor suave da manhã, ela estava ali.a bela indiana.

A mulher bonita pelada por Xaien Dahl – Colunista
Imagens Exclusivas Xaien
Entregue à dança silenciosa da brisa. Sua pele dourada pelo sol reluzia como âmbar polido, aveludada e serena.

Enquanto os primeiros raios filtravam-se pelas copas das árvores, desenhando arabescos de luz sobre o seu corpo nu.
Os pés descalços tocavam a relva úmida com a leveza de um segredo. Seus cabelos negros, longos e sedosos, esvoaçavam em ondas.
Como uma cortina de seda acariciada pelo vento. Nos olhos, um brilho tranquilo, quase hipnótico, de quem conhece a plenitude de si mesma e a poesia que existe na própria existência.

Ao seu redor, o jardim florescia em cores e perfumes: buganvílias rubras, jasmins perfumados, pequenas orquídeas silvestres.
Cada pétala parecia curvar-se em reverência à sua presença, como súditos diante de uma deusa serena.
Os movimentos de seus braços, lentos e graciosos, lembravam uma dança ancestral, talvez uma reminiscência das lendas do Ganges.
Onde os corpos celebram a união com o divino através da natureza. Não havia pressa, não havia pudor; apenas a liberdade pura de ser, em comunhão com o mundo ao redor.

Seu corpo, talhado com delicadeza, exibia as curvas suaves da feminilidade. O ventre liso, os seios firmes, os quadris arredondados.
Cada traço parecia esculpido pela própria mão da natureza. Mas havia, acima de tudo, uma aura de dignidade, um misto de força e doçura que a tornava ainda mais encantadora.
Ali, nua sob o céu, a bela indiana não era apenas uma mulher. Era símbolo de vida, de beleza serena, de erotismo natural e respeitoso.
Como nos antigos poemas sânscritos em que o desejo é celebrado como forma de arte, jamais de vulgaridade.
O jardim, cúmplice silencioso, guardava o seu mistério. E quem a visse ali jamais esqueceria a imagem daquela mulher que, em sua nudez, era pura poesia.









